Primeira certidão de nascimento, aos 42 anos

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Autor: Luís Gustavo
Categoria: III- público beneficiário das ações do Incra

Era março de 2009. Saímos da área urbana de Santarém, de barco, com destino a comunidades rurais isoladas do município e do entorno. O objetivo era identificar pessoas sem documentação.

Das inúmeras famílias atendidas, um caso me chamou muita atenção: Maria de Fátima Alves, 42 anos, e seus oito filhos, até então, eram desconhecidos pelo Estado brasileiro.

O mutirão de documentação, o qual servidores do Incra estavam na coordenação e execução, possibilitou a ela e aos filhos o primeiro documento: a certidão de nascimento.

A imagem da família recebendo esse documento foi um momento até de emoção, pois estava ali o Estado cumprindo, mesmo de forma atrasada e numa etapa inicial, o seu papel.

A família morava na comunidade Fé em Deus, localizada na Gleba Nova Olinda I, que compreende áreas nos municípios de Santarém e Juruti.

A floresta escondia e ainda esconde histórias de exclusão, as quais cabe ao Estado repará-las.

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